quarta-feira, 6 de junho de 2012

Classificação dos tumores


   No estudo das neoplasias, a primeira dificuldade enfrentada é a sua definição, pois ela se baseia nos aspectos descritos da morfologia e biologia do processo. Como alguns desses aspectos vêm se modificando à medida que os conhecimentos evoluem, também as definições se modificam. Hoje, define-se a neoplasia como sendo “uma proliferação anormal de tecido que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo, tendendo à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro”. 
Várias classificações foram propostas para as neoplasias. A classificação dos tumores mais utilizada leva em consideração dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese. 

  Tumores benignos e malignos respectivamente:


   De acordo com o comportamento biológico, a classificação dos tumores são divididos em benignos e malignos.Uma das etapas mais importantes do estudo das neoplasias é estabelecer esta diferença. 
   Algumas vezes esta diferença não é fácil de ser estabelecida e, nestes casos, adotamos o nome de tumores limítrofes ou bordelense. Os critérios que permitem estabelecer com segurança o diagnóstico são, na grande maioria dos casos, morfológicos. 

   Os tumores benignos freqüentemente exibem crescimento lento e expansivo, possuindo um estroma adequado, com um bom suprimento vascular, raramente mostrando necrose e hemorragia. Os tumores malignos, ao contrário, pela rapidez e desorganização no crescimento, pelo caráter infiltrativo e pelo alto índice de multiplicação celular, geralmente apresentam uma desproporção muito grande entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. 



NEOPLASIA


        No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de "tumores". A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: "Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro" (Pérez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984).

quarta-feira, 30 de maio de 2012

INFLAMAÇÃO
Dois padrões morfológicos de inflamação: acima, vemos uma inflamação aguda, com predominância de neutrófilos e necrose; abaixo vemos uma inflamação crônica, com células gigantes (CG), linfócitos (L) e grande quantidade de fibroblastos (F), indicativos da predominância da fase produtivo-reparativa. O critério de agudo ou crônico pode ser morfológico ou cronológico, mas é importante lembrar que nem sempre há coerência entre esses dois critérios.

QUANTO AO TEMPO DE DURAÇÃO

    Podem ser agudas ou crônicas, as primeiras tendo um curso rápido (entre 1 a 2 semanas) e as outras constituindo processos mais demorados (superam 3 meses). A variação entre os dois processos está diretamente vinculada aos fatores que influenciam a inflamação. Assim, de modo geral, diante de estímulos de intensidade na qual o hospedeiro consiga reagir de modo a tornar esse estímulo de curta duração, presenciar-se-á o aparecimento de exsudações plasmáticas e de neutrófilos, ambos característicos dos processos agudos. Por outro lado, a persistência do estímulo - exigindo uma reação diferente da anterior por parte do hospedeiro - promove um aumento dos graus de celularidade (principalmente dos elementos mononucleares), o que determina uma fase proliferativa e reparativa e, portanto, de inflamação crônicaObviamente, existem casos em que há um curso agudo da inflamação, mas morfologicamente não se observam os elementos clássicos de uma inflamação aguda (intensa exsudação plasmática e presença de neutrófilos); em outras situações, ainda, pode-se observar que um quadro inflamatório crônico, que dura semanas, passa a exibir grande quantidade de neutrófilos e os sinais cardinais típicos da inflamação aguda; nesse caso, diz-se que a inflamação crônica se agudizou. Portanto, a relação cronológica e morfológica nem sempre é constante.

INFLAMAÇÃO AGUDA

A inflamação aguda é dita imediata por se desenvolver no instante da ação do agente lesivo, e inespecífica por ser sempre qualitativamente a mesma, independentemente da causa que a provoque.
facilmente reconhecíveis na foto indicam ser este um quadro inflamatório agudo.

A inflamação aguda possui três componentes principais que contribuem para os sinais clínicos:
  • Alterações no calibre vascular que levam a um aumento no fluxo sangüíneo ( calor e rubor );
  • Alterações estruturais na microcirculação que permitem que protéinas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação para produzirem exsudatos inflamatórios ( edema );
  • Migração dos leucócitos da microcirculação e acúmulo no local de lesão ( edema e dor ).
INFLAMAÇÃO CRÔNICA

    A inflamação crônica é sempre precedida pela inflamação aguda, processo em que se desenvolvem as fases inflamatórias anteriormente citadas com o intuito de eliminar o agente agressor.
   Clinicamente, nas inflamações crônicas não de observam os sinais cardinais característicos das reações agudas. Porém, todas as alterações vasculares e exsudativas que originam esses sinais clínicos continuam acontecendo, culminando com o destaque da última fase inflamatória, a fase produtiva-reparativa.

Quadro inflamatório crônico, com predominância de linfócitos (L), macrófagos (M), células gigantes (CG) e fibroblastos (F). Provavelmente esse quadro já passou por uma quadro inflamatório agudo anterior, em que predominavam neutrófilos e intensa exsudação plasmática.




lido/patoartegeral/patoarteinfl9.htm






INFLAMAÇÃO

Fisiopatologia (mecanismos de instalação)

Os neutrófilos migram dos vasos sanguíneos para o tecido inflamado via quimiotaxia, e então removem os agentes patológicos através da fagocitose e da degranulação.

    Com a agressão tecidual se seguem imediatamente fenômenos vasculares mediados principalmente pela histamina. O resultado é um aumento localizado e imediato da irrigação sanguínea, que se traduz em um halo avermelhado em torno da lesão (hiperemia ou rubor). Em seguida tem início a produção local de mediadores inflamatórios que promovem um aumento da permeabilidade capilar e também quimiotaxia, processo químico pelo qual células polimorfonucleares, neutrófilos e macrófagos são atraídos para o foco da lesão. Estas células, por sua vez, realizam a fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação e produzem mais mediadores químicos, dentre os quais estão as citocinas (como, por exemplo, o fator de necrose tumoral e as interleucinas), quimiocinas, bradicinina, prostaglandinas e leucotrienos. Também as plaquetas e o sistema de coagulação do sangue são ativados visando conter possíveis sangramentos. Fatores de adesão são expressos na superfície das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos internamente. Estes fatores irão mediar a adesão e a diapedese de monócitos circulantes e outras células inflamatórias para o local da lesão.
    Em resumo, todos estes fatores atuam em conjunto, levando aos eventos celulares e vasculares da inflamação. Resulta em um aumento do calibre de capilares responsáveis pela irrigação sanguínea local, produzindo mais hiperemia e aumento da temperatura local (calor). O edema ou inchaço ocorre a partir do aumento da permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva ao extravasamento do líquido intravascular para o espaço intersticial extra-celular. A dor, outro sintoma característico da inflamação, é causada primariamente pela estimulação das terminações nervosas por algumas destas substâncias liberadas durante o processo inflamatório, por hiperalgesia (aumento da sensibilidade dolorosa) promovida pelas prostaglandinas e pela bradicinina, mas também em parte por compressão relacionada ao edema.

 A inflamação é constituída pelos seguintes sinais e sintomas:
  1. Calor: aquecimento
  2. Rubor: vermelhidão
  3. Tumor: inchaço
  4. Dor;
  5. Perda de função.
pt.wikipedia.org/wiki/Inflamação
 Inflamação 
A inflamação é uma reação do organismo frente a uma infecção ou lesão dos tecidos. Num processo inflamatório a região afetada fica avermelhada e quente, isto ocorre devido a um aumento do fluxo do sangue. Ocorre ainda inchaço e hipersensibilidade como resultado da infiltração de líquidos nos tecidos locais, aumentando, assim, a tensão da pele.

Na dor localizada participam certas substâncias químicas produzidas pelo organismo. Dentro da área inflamada ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos).

Os leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais aos macrófagos, que ingerem e digerem os antígenos e o tecido morto. Em algumas doenças este processo pode apresentar caráter destrutivo e o tratamento dependerá da causa da inflamação.

www.todabiologia.com/dicionario/inflamacao.htm

sexta-feira, 13 de abril de 2012


Receitas da gestante saudável

bebida: suco de acerola com morango



contém: cálcio e proteína rapidíssima e prática de fazer, você vai precisar de:
  • 1 polpa de acerola
  • 1 polpa de morango
  • 1 copinho de iogurte natural sem açúcar (170ml)
  • 1 colher de sopa (ou duas) de mel ou açúcar mascavo (mel é mais gostoso)
  • 100ml de água ou mais, pra não ficar aquela consistência pastosa de vitamina
bata tudo no liquidificador e seja feliz. não custa nem R$ 6,00 e rende quase 1 litro. dicas da luíza originalmente o suco é na verdade uma vitamina feita com 250g de abacaxi em pedaços, 125g de morangos, 250ml de suco de abacaxi, 1 colher de sopa de mel e 175g de iogurte natural. o que você acha mais prático? o iogurte é uma fonte excelente de cálcio para a mineralização dos ossos e dos dentes do seu bebê. além disso, oferece uma dose importante de proteína. no início da gravidez, essa vitamina é ótima pra quem tem enjôos e costuma ser bem tolerada. por ser nutritiva, não te deixa na mão. ** no sábado de manhã eu fiz rabanada com cream cheese e cerejas frescas mas, por ter ficado frustrada com as cerejas e para esse post não ficar mais gigante do que está, decidi deixar a receita em oculto. claro que, se alguém se interessar na receita, eu passo, com comentários. resumindo, o livro é ótimo e estou curtindo bastante. no fim dele contém um anexo com cardápio para antes de engravidar e primeiro trimestre, segundo e terceiro trimestres.

jantar rápido: espaguete com brócolis e nozes torradas


contém: ácido fólico e ácidos graxos ômega-3 ingredientes
  • 450g de espaguete (integral ou ao menos grano duro)
  • 100g de nozes picadas grosseiramente
  • 2 colheres de sopa de azeite (ou mais)
  • 2 dentes de alho fatiados finamente
  • 500g de brócolis americano (pra mim chama japonês. enfim, é aquele que parece uma couve flor) cortado em pedaços de 1cm
  • 300 ml de caldo de galinha com um pouco de sal (isso se vc for prendada. eu usei caldo knorr vitalie de peito de frango sabor vinho branco e achei ótimo)
  • 1/2 colher de chá de sal marinho (eu dei umas pitadelas de sal comum mesmo)
  • pimenta-do-reino moída na hora (a gosto. na empolgação, acabei esquecendo dela)
  • 40g de queijo parmesão ou pecorino ralado na hora (eu comprei parmesão fresco ralado, mas recomendo bem mais que 40g. uns 100g já tá ótimo. dá um toque especial e faz toda a diferença no sabor)
preparo
  1. ferva uma panela grande de água e cozinhe o macarrão de acordo com as intruções da embalagem;
  2. enquanto isso (rá rá rá! eu tive que fazer uma coisa de cada vez), leve uma frigideira pequena ao fogo baixo e torre as nozes por 5-7 minutos, sacudindo a frigideira de vez em quando (menina, em menos de 5 minutos minhas nozes estavam quase queimando. recomendo o fogo baixo).
  3. enquanto as nozes estiverem torrando (rá, de novo!), aqueça o azeite em uma panela grande, em fogo médio. junte o alho e refogue por 30 segundos (é verdade). aumente o fogo e adicione o brócolis. cozinhe por cerca de 3 minutos, mexendo de vez em quando (sempre), até os brócolis ficarem com um tom verde intenso. adicione o caldo e o sal (pouquinho, gente! não esqueça que o caldo dá uma evaporada) e cozinhe por mais 4 minutos, mexendo, às vezes, até o brócolis ficar tenro.
  4. escorra o macarrão e junte o molho (que não fica lá muito molhado, mas bem gostoso), misturando bem. cozinhe por 1 minuto, mexendo com frequência (se ainda for cozinhar tudo junto, recomendo que retire o macarrão quando ele estiver al dente). tempere com pimenta-do-reino (esqueci) e mais sal, se necessário (nem achei). divida a massa entre 4 pratos (se você tiver 4 pessoas para servir, óbvio) e guarneça cada porção com o queijo e as nozes torradas. sirva imediatamente.
dicas da luíza na receita original não eram brócolis, e sim aspargos frescos. claro que eu não encontrei aqui no mercado dos pobres então tratei de substituir por algo que contivesse mais ou menos as mesmas propriedades vitamínicas (especialmente o ácido fólico). para os aspargos a receita é assim: 675g de aspargos frescos, fatiados na diagonal em pedaços de 5cm (absurdo! 675g de aspargos dão pra alimentar um batalhão!). aí, na hora de refogar, cozinhe por cerca de 5min, mexendo de vez em quando. depois adicione o caldo e o sal e cozinhe por mais 4 minutos. voilá! eu adorei o caldo knorr vitalie. apesar de ser totalmente contra esses caldinhos, porque contém glutamato monossódico (veneno!), na hora do aperto eles quebram um galhão (mas se você for um ser prendado, mestre cuca por natureza, faça seu próprio caldo de galinha). esse vitalie promete ter menos sal (eu achei mesmo) e ter baixo teor de gordura. e o sabor peito de frango ao vinho branco deu um toque todo especial ao brócolis. delícia! usei o spaghetti barilla nº7, de marca italiana. é excelente, fácil de achar (um da embalagem azul) e, por mais que você seja um cozinheiro zé mané, como eu, ele nunca fica ruim. não recomendo de jeito nenhum os macarrões de semolina. sempre ficam pastosos, tipo miojo gigante. recomendo caprichar no queijo e nas nozes. fica excelente! tempo de preparo aí há controvérsias. no livro diz que demora 10 minutos para preparar, 20 para cozinhar e rendem 4 porções. na minha inexperiência, durou quase 1 hora tudo e, mesmo tendo reduzido a quantidade de macarrão (aprox. 350g) e brócolis, comemos até nos fartar na janta (olha que eu como por dois!) e ainda sobrou por almoço do dia seguinte.

fonte:potencialgestante.com.br/receitas-da-gestante-saudavel/

quinta-feira, 12 de abril de 2012

    Deficiência de ferro na alimentação humana



O Ferro é um elemento essencial na alimentação diária, tendo diversas funções fundamentais para o organismo. Participa no transporte e utilização do oxigênio para a produção de energia, assim como na biossíntese de importantes moléculas orgânicas, estando envolvido também na síntese do DNA. É essencial no processo de crescimento e desenvolvimento do organismo.
O organismo humano armazena ferro em alguns locais, como fígado, baço, medula e no músculo (na forma de mioglobina), mas a maior concentração de ferro no organismo humano está no sangue. Esse metal é parte integrante da hemoglobina, proteína constituinte das células vermelhas do sangue (eritrócitos), sendo responsável pela coloração das mesmas. É a hemoglobina que atua no transporte de oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo e do dióxido de carbono (gerado nesse processo) de volta para os pulmões. Por isso, a manutenção das taxas normais de hemoglobina no sangue é fundamental para a sobrevivência e para o perfeito funcionamento do organismo humano.
 
Como o ferro é armazenado?

 Uma das formas de armazenamento de ferro no organismo é a ferritina, uma proteína de reserva presente em alguns órgãos (fígado, baço e medula) que pode indicar, quando baixa, uma anemia em formação. Outra importante forma de armazenamento é a transferrina, proteína de ligação do ferro no sangue, que é também indicativa de alterações no sangue.
Anemia significa, conforme a Organização Mundial de Saúde, “um baixo nível de hemoglobina no sangue devido a pouca quantidade de células vermelhas ou a pouca quantidade de hemoglobina em cada célula, ou ambos”.
Nos países em desenvolvimento, a anemia atinge uma parcela considerável da população, estando ligada a fatores econômicos e sociais, e tendo uma grande repercussão na qualidade de vida dos povos do chamado Terceiro Mundo. O aumento do risco para diversas doenças infecciosas tem relação com a redução da resistência imunológica gerada pela anemia. No Brasil, estima-se que 40% das crianças sofram de anemia por carência de ferro.
Entre os diversos agravos à saúde que a deficiência de ferro pode causar, como a queda da resistência imunológica, devemos ressaltar que, no caso das crianças, a falta desse nutriente compromete o desenvolvimento cognitivo, gerando dificuldades no aprendizado. A anemia pode ter várias causas, mas a mais freqüente é a ingestão insuficiente de ferro através da alimentação. O organismo humano recebe ferro de duas formas: o ferro exógeno, proveniente dos alimentos ingeridos, e o ferro endógeno, proveniente da destruição das hemáceas, que libera cerca de 27 mg desse metal para ser reutilizado pelo organismo.
 
Tipos de ferro
 O ferro proveniente dos alimentos não é totalmente aproveitado pelo corpo, o que depende da sua forma química e da presença de algumas substâncias associadas. Existem dois tipos de ferro nos alimentos: o ferro heme, proveniente das células do tecido animal (carnes, peixes etc) e o ferro não-heme, encontrado nos demais alimentos (cereais, leguminosas, folhas etc) e que corresponde, normalmente, a 90% do ferro total ingerido.
A absorção do ferro heme é bem mais elevada do que a absorção do ferro presente nos outros alimentos, sendo estimada em 20 a 25%. A absorção desse tipo de ferro quase não é afetada por outros constituintes da alimentação. O ferro não-heme, encontrado nas leguminosas, cereais, verduras, frutas e produtos lácteos, tem uma absorção variável, dependente da necessidade do indivíduo, da quantidade presente na alimentação e da atuação de fatores inibidores e estimuladores. A absorção desse tipo de ferro pode variar de 1 a 30%.
Chamam-se fatores inibidores as substâncias presentes em alguns alimentos que prejudicam a absorção do ferro não-heme, e fatores estimuladores as substâncias que facilitam essa absorção.
Exemplos de fatores estimuladores: ácido ascórbico (vitamina C presente em frutas e hortaliças cruas), ácido cítrico (presente no vinagre e em frutas cítricas), açúcar (glicose), alguns aminoácidos como a cisteína, proteínas animais (carnes, peixes, frutos do mar etc).
 
 Exemplos de fatores inibidores: fosfatos (presente nos
 ovos), fitatos (presentes em cereais integrais, leguminosas e em algumas folhas, como a folha da mandioca), algumas proteínas (como a caseína do leite de vaca), excesso de fibras (como a do farelo de trigo, que também contém fitato), oxalatos (presentes em algumas folhas, como a do espinafre e a folha de mandioca), taninos (presentes nos chás, no café, no chocolate etc). Excesso de alguns minerais na alimentação podem comprometer a absorção de ferro, como cálcio, zinco e cobre.
As melhores fontes de ferro conhecidas são as vísceras animais (fígado, coração, moela etc), seguidas das carnes em geral (aves, boi, peixes etc), leguminosas, cereais integrais, melado, algumas folhas verde-escuras (couve, brócolis, almeirão etc).
A forma de preparo dos alimentos também pode influenciar a absorção de ferro pelo organismo. Como por exemplo, o cozimento dos cereais integrais (arroz, trigo etc) e das leguminosas (feijão, soja, ervilha etc) diminui a quantidade de fitatos presentes nesses alimentos, aumentando a disponibilidade do ferro para o organismo humano. O mesmo ocorre com a fermentação e a germinação desses mesmos grãos. Perturbações metabólicas também podem comprometer a absorção do ferro. Como a absorção desse mineral no organismo necessita da acidez do estômago (liberação do ácido clorídrico, que mantém o ferro na sua forma ferrosa, que é mais solúvel), comprometimentos no aparelho digestivo podem prejudicar a absorção do ferro, através da redução na liberação do ácido clorídrico.
 
Assim sendo, a absorção do ferro vai depender de várias características da alimentação, como a presença ou não de carne, a quantidade de fatores inibidores ou estimuladores presentes e a condição do organismo em absorver o ferro. As reservas de ferro também influenciam nessa absorção, ou seja, a necessidade de ferro (gerada por uma baixa reserva no corpo) estimula uma maior absorção pelo organismo.
De um modo geral, uma alimentação que contenha uma boa quantidade de grãos (incluindo leguminosas), um pouco de carne (cerca de 90 gramas por refeição) e uma grande variedade de vegetais, incluindo saladas cruas, é suficiente para produzir um bom fornecimento de ferro ao organismo, desde que alguns fatores inibidores sejam isolados (evitar café e chá após as refeições, por exemplo).
Pessoas que optam por uma alimentação vegetariana devem ter um cuidado maior com a ingestão de ferro, uma vez que não consomem carne de nenhum tipo. Não exceder na ingestão de fibras e aumentar o consumo de fontes de vitamina C (frutas, principalmente as ácidas, e vegetais crus) junto às refeições são medidas que podem facilitar a absorção do ferro.
O consumo de uma maior quantidade de leguminosas (ervilha, feijão, lentilha, grão de bico etc) e, principalmente, da proteína de soja isolada (na forma de bifes ou outras preparações) aumenta a oferta de ferro total para o organismo, embora seja de ferro não-heme.
 
Os vegetarianos


fonte:www.acessa.com › SaúdeAlimentação
 Os vegetarianos precisam ter um cuidado maior no consumo de fatores inibidores de ferro, evitando chás e outros produtos (conforme citados anteriormente) junto às refeições. O consumo de alimentos fortificados (leite enriquecido com ferro, cereais enriquecidos etc), pode ajudar na prevenção da anemia por carência de ferro. Mulheres, crianças e adolescentes têm uma maior predisposição a desenvolver anemia em função de uma maior necessidade do organismo, nem sempre conseguida através da alimentação diária. Para esses grupos, é importante uma prevenção da carência através de alimentos enriquecidos ou suplementos, quando não comem carne diariamente. Mulheres grávidas necessitam, geralmente, de suplementação, mesmo quando comem carne.